Para complementar as informações da postagem anterior e aguçar um pouco mais a curiosidade do leitor acerca do tema, trago abaixo alguns exemplos interessantes que nos fazem ter a idéia de que pensar sobre qualquer tipo de comportamento relacional a determinada cultura é pensar sobre a estrutura dessa sociedade e não, evidentemente, questionar o quanto de “loucura” está inserido neste.
Os motivos para a existência de determinados comportamentos dentro de uma sociedade pode, aparentemente não ter racionalidade ou uma racionalidade sustentável, porém ao submergir no universo cultural desta, pode-se perceber o quanto de racional ou instintivo existe na edificação daquele comportamento.
Cali, na Colômbia: uma mulher só pode ter relações com seu marido, quando na primeira vez que isso ocorrer, sua mãe estiver no quarto para testemunhar o ato.
Lógica: o ritual da primeira relação entre marido e esposa, exige à função da mãe para testemunhar se de fato o casamento foi consumado, pode ser extremamente necessário para corroborar o casamento e até mesmo, para motivar em orgulho as partes envolvidas na situação.
Guam: alguns homens mantêm o emprego em tempo integral de viajar por todo território para deflorar virgens, que pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez.
Lógica: a razão primeira da promoção deste comportamento é que a legislação de Guam proíbe as mulheres de se casarem virgens, outras razões, como o papel pormenorizado das mulheres na sociedade e o papel/status relacionado aos homens também devem ser considerados.
Maryland: preservativos podem ser vendidos em máquinas, entretanto somente em lugares onde são vendidas bebidas alcoólicas para consumo no local.
Lógica: razão médica ou de controle populacional, tal qual a China, leis como estas circundam o comportamento sexual dos indivíduos.
Brasil: em função da própria geografia (extensão geográfica) e a fatores de cunho político e religioso, em diversas regiões do país as concepções e o comportamento sexual dos indivíduos são notadamente diferentes.
Em algumas cidades do Nordeste: a sexualidade, em especial feminina, é supervalorizada, e em paradoxo desvalorizada. Em função de fatores como pobreza, atrativo turístico e por conseqüência a grande movimentação de renda; quadrilhas se formam para a exploração sexual de mulheres, muitas delas ainda menores, são atraídas pela possibilidade real de trabalho e dinheiro.
Em contrapartida, ainda no Nordeste: em muitas cidades do interior, as mulheres são casadas virgens em casamentos arranjados por seus pais. Em cidades mais pobres também, a intervenção da igreja é ainda muito presente e os dogmas religiosos são seguidos a fio.
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